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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

11 Coisas que uma Pessoa com Epilepsia Gostaria que Você Soubesse


Embora nossa tecnologia tenha evoluído consideravelmente e a inclusão digital e as mídias sociais tenham atingido até aqueles que ainda estão por vir, ainda é muito comum nos depararmos com o desconhecimento da população sobre temas tão debatidos.

Neste post, vamos falar sobre a epilepsia ou crise convulsiva. O que é? O que fazer? E o principal: o que NÃO fazer?

Apresento um estudo de caso ocorrido hoje mesmo (23/02/2018), por volta das 22h30, quando eu voltava da faculdade.



O QUE É A EPILEPSIA?
Segundo a Associação Brasileira de Epilepsia (ABE), a doença pode surgir durante o nascimento (lesão congênita), ou adquirida ao longo da vida por fatores externos, como por exemplo: batidas fortes na cabeça com sangramento intracraniano, infecção (meningite, encefalite, neurocisticercose, etc.), abuso de bebidas alcoólicas, de drogas, etc. A ABE informa também que pode ser causado por algum problema que ocorreu antes ou depois do parto. Existem diversos fatores que desencadeiam estas crises, não sendo possível, em muitas vezes, descobrir as causas.

Estima-se que a cada cem pessoas, uma ou duas possuem o distúrbio.

Quando as células cerebrais têm um aumento excessivo e desordenado da atividade elétrica (neurônios), surgem as convulsões, caracterizadas por movimentos desordenados, repetitivos e rápidos de todo o corpo. Entre os sintomas, incluem perda temporária de consciência, aumento de salivação, ranger de dentes, perda do controle do processo urinário e defecação.


Alguns fatores que podem iniciar o processo convulsivo podem ser febre alta, diminuição do açúcar no sangue, desidratação, pancadas fortes na cabeça, perda excessiva de sangue, tumores, intoxicações por álcool, medicamentos ou drogas ilícitas, etc.

Por favor, a epilepsia não é contagiosa, logo, a salivação não vai contaminar você. O uso de luvas deve ser feito para evitar contato com outras possíveis fontes da vítima, como o sangue. Durante o processo, a pessoa pode morder a própria boca e transmitir doenças infectocontagiosas (se houver) através de alguma ferida que você tiver nas mãos. Além disso, pode haver o contrário: se você possuir alguma doença infectocontagiosa, contaminar a vítima. 

ESTUDO DE CASO
Hoje, por volta das 22h30, ao descer no ponto de ônibus retornando da faculdade, visualizei um grupo de pessoas juntas em volta de alguém deitado no solo.

Aproximando-me, percebi que se tratava de uma senhora aparentando estar sofrendo uma crise convulsiva. Sua boca estava suja de secreções. Pernas e braços tremendo e ao mesmo tempo rígidos, como se usasse toda a força dos músculos. Seu quadril estava entre as pernas de um rapaz, que imóvel e de pé, olhava assustado a cena. A senhora estava lateralizada e com a cabeça apoiada nas mãos de um outro rapaz, sobre a bolsa que a mesma portava.


As pessoas confirmaram os tremores e logo perguntei se haviam ligado para o SAMU (192). Já haviam solicitado socorro. Informaram também que a vítima havia ingerido bebida alcoólica e possuía remédios contra convulsão na bolsa. A cena estava próxima da perfeição, com pessoas prestando auxílio de forma correta. 

Felizmente, SEMPRE saio à rua portando materiais de primeiros socorros e resgate na mochila. Nunca se sabe...

Antes ter e não precisar do que precisar e não ter! Somos prevencionistas e quem sabe, estes materiais sirvam para nós mesmos.

Coloquei minha luva descartável (bioproteção), fiz a limpeza da secreção de sua boca e comecei a conversar com a senhora, propondo tranquilidade.

Mas...

Surge um "ajudante" que propôs SEGURAR A LÍNGUA DELA! E logo em seguida, sem dar tempo de repreender o absurdo, solicitou ainda USAR UMA CANETA PARA ABRIR A BOCA da senhora.

Onde está a mesma velocidade e vício no WhatsApp e Tinder para buscar conhecimento que sirva na internet?

Por isso, listo abaixo 11 coisas que uma pessoa com epilepsia gostaria que você soubesse:


O que fazer:
  1. Mantenha-se calmo e acalme as pessoas ao seu redor. Chame um socorro (192 SAMU);
  2. Evite que a pessoa caia bruscamente ao chão;
  3. Acomode o indivíduo em local sem objetos dos quais ele possa se debater sem se machucar;
  4. Utilize material macio para acomodar a cabeça do indivíduo, como por exemplo, um travesseiro, casaco dobrado ou outro material disponível que seja macio. Conte a quantidade de convulsões e o tempo entre cada uma para informar ao socorro quando chegar;
  5. Posicione o indivíduo de lado de forma que o excesso de saliva ou vômito (pode ocorrer em alguns casos) escorram para fora da boca. Não não fizer isso, a pessoa poderá morrer engasgada com a própria saliva;
  6. Afrouxe um pouco as roupas, sobretudo perto do pescoço, para que a pessoa respire melhor. Retire também objetos que poderão machucá-la durante uma outra crise: relógio, óculos, etc;
  7. Permaneça ao lado da vítima até que ela recupere a consciência;
  8. Ao término da convulsão a pessoa poderá se sentir cansada e confusa. Explique o que o ocorreu e ofereça auxílio para chamar um familiar.
O que NÃO fazer durante a crise convulsiva:
  1. Não impeça os movimentos da vítima, apenas certifique-se de que nada ao seu redor irá machucá-la e sua cabeça não baterá no chão;
  2. NUNCA coloque a mão dentro da boca da vítima, as contrações musculares durante a crise são muito fortes e inconscientemente a pessoa poderá mordê-lo, correndo risco de amputação do dedo. Também não introduza objetos na boca do indivíduo, pois poderá machucá-lo se o objeto quebrar ou durante os tremores;
  3. Não jogue água no rosto da vítima e nem dê de beber durante a convulsão, pois poderá afogá-la.

LEMBRE-SE:
Se você ainda assim estiver inseguro de ajudar a vítima na verificação dos sintomas e estabilização, saiba que simplesmente ao chamar o SAMU, você estará prestando um socorro.

Existem várias funções que você poderá realizar se estiver inseguro:
- Sinalizar a via e desviar carros, se ocorrer no meio da pista;
- Acalmar as pessoas ao redor;
- Chamar o SAMU;
- Impedir atitudes que piorarão o quadro;
- Ajudar na retirada de objetos próximos à vítima;
- Cronometrar as crises;
- Tomar conta dos pertences da vítima;
- Sinalizar para o SAMU quando este chegar, etc.

Faça a sua parte! ⧫


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