Na verdade, este problema social está muito ligado com nossa infância,
onde temos contatos com muitas crianças ou adolescentes com diversas
crenças, etnias, religiões, classes sociais, raças, limitações,
capacidades e forma física.
Uma brincadeira de mau gosto, muitas vezes
provocada por crianças carentes de atenção familiar (uma válvula de
escape natural, pois a criança afetada irá fazer de tudo para se
destacar e ser o centro das atenções) pode acarretar sérios danos
emocionais, psicológicos e até desencadear tragédias. E isto, quando não
é dada a devida atenção por parte dos pais e responsáveis
institucionais, evolui para a fase adulta, desta vez, adicionando uma
pitada de maldade nas brincadeiras de mau gosto. No emprego, esta
atitude imprudente e desrespeitosa pode causar acidentes ou doenças do trabalho.
Há casos em que os verdadeiros motivos que levaram o indivíduo a
provocar ou sofrer um acidente de trabalho passam despercebidos, e um
deles pode estar ligado ao assédio moral. Muitos trabalhadores são
discriminados na empresa sem que seus empregadores ou chefes saibam, ou
acabam sabendo, mas são coniventes. O assédio moral é um mal que deve
ser combatido inclusive com advertências e dependendo da gravidade, é
motivo de suspensão ou demissão dos agressores. Uma brincadeira que
começa “inocente” pode terminar em sofrimento, provocar brigas,
desavenças ou até resultar em tragédia.
Um trabalhador pode ser vítima de assédio moral porque é alto demais,
baixo demais, gordo, magro, porque fuma, bebe, usa óculos, pela
orientação sexual ou quando possui alguma dificuldade motora, enfim,
tudo é motivo para piadas de mau gosto que pode levar o indivíduo a
perder a concentração no que estiver fazendo e provocar ou sofrer um
acidente de trabalho. Um acidente ocorrido nessas condições é difícil de
determinar a causa porque a vítima deixa de relatar o verdadeiro motivo
por vergonha de se expor temendo ser alvo de mais perseguições.
Uma das fases da investigação do acidente de trabalho é a entrevista com
os envolvidos para tentar chegar aos motivos que antecederam o evento e
se o funcionário não mencionar o fato de que o assédio moral teve
participação decisiva no acidente, a investigação embora produza
resultados, não revela a causa principal.
O assédio moral também pode vir através de alguma humilhação provocada
por patrões, gerentes e chefes contra seus subordinados, como cobranças
de favores sexuais em troca de promoção, ordens difíceis de serem
cumpridas, xingamentos e gritos, ou seja, é uma verdadeira tortura para
as vítimas que se sentem acuadas, causando estresse e afetando o seu
desempenho no trabalho.
Muitos empregados têm vergonha da perseguição que sofrem e ocultam o
máximo possível a sua presença, para no mínimo tentar passar incógnitos
na empresa, imaginando assim estarem livres de qualquer atenção que
possam despertar. Se você ouvir falar que fulano é “moita ou turista”
fique atento, pode ser que ele não seja um mau funcionário e queira
tirar proveito de alguma situação, mas esteja sofrendo com o assédio
moral e acaba utilizando a tática de desaparecer dentro da empresa para
preservar a sua integridade moral das agressões que sofre.
A iniciativa da abordagem contra o assédio moral deve partir da empresa.
A empresa é a responsável pelo bem estar físico e mental de seus
empregados. Uma abordagem franca sobre esse tema ajudará no resgate da
dignidade e auto-estima daqueles que sofrem com as agressões. As vítimas
sentem-se mais seguras quando sabem que a empresa condena essas
atitudes.
Deixar de combater o assédio moral também pode custar caro para a
empresa gerando processos trabalhistas ou reparação por dano moral.
A empresa é uma comunidade de pessoas com direitos e obrigações e para
funcionar harmoniosamente, é necessário que todos estejam imbuídos em
uma convivência pacífica e de respeito. Viver com pessoas tão diferentes
e com comportamentos tão adversos por muito tempo representa um desafio
para qualquer indivíduo, e quando os problemas aparecem o ambiente de
trabalho pode ficar insustentável.
Os funcionários também devem fazer parte do combate ao assédio moral
denunciando os agressores. Desenvolver um trabalho sério de
conscientização sobre o assédio moral e suas consequências é uma obrigação da empresa.⧫
Nenhum comentário:
Postar um comentário
POLÍTICA DE COMENTÁRIOS
Com o objetivo de aumentar a qualidade dos diálogos que surgirem nos comentários, adotamos uma política de moderação, que compartilhamos aqui com total transparência.
O que a SEGPREVI estimula:
• Bom uso do português;
• Respeito e diálogo saudável;
• Críticas coerentes e bem argumentadas ao texto principal ou a um comentário;
• Embate de ideias, abordagens, visões, discursos e posturas, não de pessoas;
• Sugestões de temas e novas pautas.
Critérios para exclusão
Serão automaticamente excluídos comentários que apresentarem o seguinte conteúdo:
• Xingamentos, palavras de baixo calão, ofensas ou ataques pessoais a outros leitores ou aos administradores da SEGPREVI;
• Spam ou comentários que não estejam no contexto do texto ou da discussão;
• Divulgação de Produto ou Serviço sem a devida autorização da SEGPREVI;
• Manifestações de preconceito de quaisquer espécies;
• Mensagens escritas com todas as letras maiúsculas ou excesso de abreviações;
• Pornografia;
• Reprodução integral de textos longos de autoria de terceiros (nesses casos, copie um trecho pequeno e linke o original, citando o autor).
Termos de uso
Ao enviar um comentário, você concorda que:
• Seu comentário não será publicado imediatamente e será moderado de acordo com os critérios acima;
• Você é o autor e único responsável pelo conteúdo de seu comentário;
• Seu comentário poderá ser reproduzido com seu nome, sem ônus e sem aviso prévio em materiais de divulgação da SEGPREVI.
Gratos pela compreensão,
Equipe SEGPREVI